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Foto do escritorIsabela Couto Machado

Tudo bem sentir-se VAZIO?

Atualizado: 4 de abr.



Sim, sentimentos de angústia, tédio e vazio são experiências humanas universais e têm sido temas centrais em filosofias, religiões e literatura ao longo da história. Esses sentimentos não são, por si só, patológicos. Eles são aspectos intrínsecos da condição humana.


Vários pensadores e filósofos abordaram essas emoções:


- Existencialismo: Filósofos como Jean-Paul Sartre, Albert Camus e Friedrich Nietzsche exploraram profundamente o conceito de angústia existencial, a sensação de vazio e a busca por significado em um mundo aparentemente indiferente ou absurdo.


- Budismo: O Budismo discute a natureza insatisfatória (Dukkha) da existência humana e oferece caminhos para aliviar o sofrimento através da meditação, da moralidade e da compreensão correta.


- Psicologia: Carl Jung, um proeminente psicólogo, acreditava que a angústia e o vazio poderiam ser parte do processo de individuação, onde os indivíduos buscam se tornar inteiros ao integrar diferentes aspectos de si mesmos.


- Abordagem Sistêmico-Fenomenológica: Bert Hellinger também deu sua contribuição ao encorajar-nos a ''tomar a vida assim como é'' - não incentivando o comodismo, claro! Mas, como assentimento profundo a certos acontecimentos que nos atingem em cheio e que não temos controle. É o bom e velho ''se não tem remédio, remediado está'' que frustra, gera angústia e perda de sentido.


A sociedade moderna, com sua ênfase em soluções rápidas, gratificação imediata e positividade constante, pode desencorajar ou até patologizar sentimentos naturais de angústia, tédio e vazio. Isso pode levar à supressão desses sentimentos em vez de enfrentá-los e trabalhá-los.


A coragem de enfrentar e explorar esses sentimentos, em vez de evitá-los ou entorpecê-los, pode ser uma jornada profundamente transformadora e enriquecedora. Muitas tradições espirituais e filosóficas argumentam que é através do enfrentamento e da compreensão do sofrimento que as pessoas encontram profundidade, propósito e, eventualmente, paz.


No entanto, é crucial distinguir entre a angústia existencial e os transtornos de saúde mental, como a depressão. Enquanto a primeira pode ser uma parte natural e até construtiva da experiência humana, a segunda é uma condição que pode beneficiar-se de tratamento e intervenção.


Se alguém se sente sobrecarregado por esses sentimentos ao ponto de impactar seu bem-estar diário ou ter pensamentos de autolesão, é essencial buscar ajuda profissional, ok?














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